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A História dos Mecanismos de Pesquisa

Neste vídeo, falamos sobre um pouco do histórico por trás dos mecanismos de pesquisa. Vamos explicar como os mecanismos de pesquisa mudaram os negócios e explicar por que eles são ótimos lugares para divulgar seus negócios.

OK, então de onde vieram os mecanismos de pesquisa? Um dos primeiros mecanismos de busca foi um programa chamado Archie, que estreou em 1990 e permitiu que as pessoas acessassem e pesquisassem nomes de arquivos - basicamente os nomes das páginas da web. Mas Archie não sabia dizer o que estava nessas páginas. O programa é considerado por muitos a primeira forma de realizar buscas na internet. Embora aparentemente primitivo, o Archie era um programa capaz de indexar sites públicos de FTP (File Transfer Protocol) para facilitar a vida dos usuários. Ele trazia as listas de diretório de todos os arquivos localizados nesses sites públicos anônimos, criando uma base de dados que permitia a busca por nome de arquivos. Isso aconteceu em um mundo pré-WWW (world wide web), então era preciso acessar os servidores do Archie usando um cliente local ou a Telnet, um protocolo de rede que permite a conexão de dois computadores na mesma rede.

A Excite foi um projeto criado por seis alunos de graduação da Universidade de Stanford que tentaram usar a análise estatística das relações na linguagem comum para melhorar a relevância da indexação. Em vez de compilar os endereços, o site era um real buscador, pois bastava o usuário digitar um termo desejado para que automaticamente a ferramenta realizasse uma busca dentro das demais páginas que continham a expressão indicada. A Excite – então conhecida como Architext – utilizava jornalistas para escrever breves comentários sobre os sites a fim de melhorar sua usabilidade quando comparada aos primitivos motores e diretórios de busca baseados em links. Até então, eles criaram a forma mais sofisticada de busca, uma espécie de versão rudimentar do que conhecemos hoje.

Enquanto os brasileiros comemoravam loucamente o tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo há 21 anos, estudantes de universidades da Califórnia estavam focados num novo mercado que parecia cada vez mais promissor.

Esse foi, provavelmente, o maior ano da história dos motores de busca. Dentro de um período de 12 meses, vimos o lançamento de nomes icônicos do setor que prepararam o caminho para o Google, como Infoseek, AltaVista, WebCrawler, Yahoo! e Lycos.

Neste mesmo ano, dois alunos de engenharia elétrica da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, começaram a vasculhar a internet em busca de informações para um concurso sobre a Liga de Basquete Universitária. O que Jerry Yang e David Filo não imaginavam é que isso resultaria na criação de uma grande empresa de tecnologia, o Yahoo!. A dificuldade na pesquisa fez com que a dupla percebesse nessa lacuna uma oportunidade para criar um site de buscas capaz de filtrar as pesquisas e oferecer resultados mais precisos.

A novidade se espalhou pela instituição e o número de usuários do serviço de buscas cresceu assustadoramente, tanto que eles precisaram pensar em uma maneira de monetizar sua tecnologia para aprimorá-la. Nesse ponto da história é que a publicidade se associa aos sistemas de busca, em 1995. Para tentar gerar renda e corresponder às expectativas dos investidores que haviam conseguido, eles decidiram arriscar e começaram a disponibilizar espaço para anunciantes colocarem banners na página do Yahoo!. A novidade deu certo e mostrou que era possível ganhar muito dinheiro na internet. Esse foi o tiro de largada para uma corrida de empresas que desejavam lucrar com esse mercado.

Enquanto o Yahoo! dominava o mercado mundial de buscas na internet, dois brasileiros resolveram apostar suas fichas em uma versão nacional desse tipo de site. Os estudantes de engenharia elétrica Gustavo Viberti e Fábio de Oliveira criaram uma ferramenta de busca que foi um grande sucesso durante muitos anos, o Cadê?. Sem dúvidas, o Cadê? foi um marco na internet brasileira, mas com o passar do tempo a ferramenta foi comprada por várias empresas e atualmente pertence ao Yahoo! Brasil, que na época da aquisição tentou usar a marca nacional para dar mais visibilidade ao seu próprio buscador no país. Até o final dos anos 1990, Cadê?, Yahoo! e Altavista dominaram o mercado de buscas brasileiro, até que o Google começou a ganhar popularidade no país.

Em 1996, os estudantes de ciência da computação Victor Ribeiro e Nivio Ziviani, da Universidade Federal de Minas Gerais, criaram o Metaminer (também conhecido apenas como Miner). Conforme o próprio nome indica, o Metminer é um site de Metabusca, ou seja, um sistema de busca na web que permite ao usuário pesquisar em vários mecanismos simples, simultaneamente. Diferente dos serviços anteriores, ele não possui nenhum tipo de banco de dados. Basicamente, a plataforma “minerava” informações em outros 13 sistemas de buscas (como Cadê? e Altavista) e as ordenava em diretórios. Em 1999, a dupla vendeu sua tecnologia para o grupo Folha/UOL e a Miner se tornou o principal mecanismo de busca do BOL.

O grande problema do sistema de diretórios utilizado até então por serviços como Yahoo! e Cadê? era que as combinações de palavras não funcionavam bem e a maioria dos resultados era relacionado a publicidade de produtos que os anunciantes tentavam empurrar para os usuários.

Contudo um projeto de outra dupla de estudantes da Universidade de Stanford foi o pontapé inicial para o que se tornaria uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Na época, Larry Page e Sergey Brin teorizavam sobre um sistema de buscas no qual a relevância tivesse um papel mais importante do que a quantidade de vezes que um termo aparecia na primeira página.

A ideia era relativamente simples: a quantidade de vezes que uma página da web era listada em outro site indicaria a medida de sua utilidade ou relevância para os internautas. Eles entendiam o link de um site para outro como uma espécie de recomendação. Surgia uma das métricas mais utilizadas por diversos buscadores atuais: o PageRank.

A dupla então começou a trabalhar em um mecanismo de pesquisa chamado BackRub, que operou nos servidores de Stanford por mais de um ano, até que ocupou muita largura de banda e os estudantes precisaram sair e fundar a própria empresa. Em 1997, o Google finalmente foi registrado como um domínio.

O Google também causou um grande impacto na forma de ganhar dinheiro com publicidade na internet. Em vez de gerar spams e mostrar links aleatórios para os usuários conforme o valor pago pelos anunciantes, a companhia “roubou” a ideia de uma outra empresa chamada Idealab e a aprimorou: começou a separar resultados orgânicos dos anúncios. O problema com a “dona” do conceito original foi resolvido por meio de um acordo financeiro e aparentemente vantajoso para as duas corporações.

Para bancar o projeto, Page e Brin tentaram vender sua tecnologia inovadora para diversos concorrentes, entre eles a Excite. A empresa, que já estava no mercado de buscas há algum tempo, pensou em comprar ou licenciar a tecnologia do Google para ganhar a guerra contra o Yahoo!, mas a diretoria da entidade não achou que ela faria tanta diferença e acabou rejeitando a oportunidade de comprar o Google por “apenas” US$ 750 mil – atualmente a empresa vale mais de US$ 739 bilhões (qual será o tamanho do arrependimento?).

Avance rapidamente algumas décadas, e os mecanismos de busca como Google, Bing, Yahoo!, Ask, AOL, Baidu e Yandex já percorreram um longo caminho. Esses mecanismos de busca usam programas de computador incrivelmente sofisticados para classificar um grande número de páginas da web.

Essa aula faz parte do curso Introdução à Otimização para Mecanismos de Pesquisa (Google)

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